O vetiver: uma planta aromática que cresce nas margens dos rios.

O vetiver, um aroma que não nos abandonou desde o Extremo Oriente até aos nossos dias, e continua a ser protagonista essencial das nossas memórias aromáticas mais apreciadas.

O vetiver -Chrysopogon zizanioides-, é uma planta perene da família das gramíneas nativa da Índia. O nome de vetiver provém da língua tamil: significa raiz que se desenterrou; e o nome específico “zizanioides” significa “rio”. Dá ideia da sua origem: crescia fundamentalmente nas margens dos rios da Índia.

O vetiver é cultivado principalmente para a extração do óleo destilado das suas raízes. Estima-se que a produção mundial deste arbusto seja de cerca de 250 toneladas por ano. Um 36% dos perfumes ocidentais contêm esta essência. Os maiores produtores são: Haiti, Java, China, Índia e Brasil. E os principais consumidores: Estados Unidos, Europa, Índia e Japão.

Alcança uma altura de metro e meio e as suas raízes podem aprofundar-se até 4 metros; isto faz com que cada vez mais seja utilizado para sustentar e estabilizar terrenos que correm risco de desprendimentos.

Em infusão, atribuem-se-lhe inúmeras propriedades medicinais: contra o reumatismo, o lumbago, a dor de cabeça e como tratamento para a febre, a inflamação e a irritabilidade. Em cosmética, é muito apreciado para o tratamento do acne, a pele irritada e como rejuvenescedor das peles maduras. Ao seu óleo essencial também se atribuem propriedades medicinais; é anti-inflamatório, antisético, afrodisíaco e um tónico natural.

 O seu óleo essencial tem uma taxa de evaporação muito lenta que, juntamente com o seu agradável aroma, faz com que seja um perfume por si mesmo.Tem sido, desde tempos antigos, um ingrediente de perfume no Extremo Oriente e hoje continua a ser fundamental nos perfumes intensos, orientais (não florais) e, por isso, muito popular na perfumaria masculina.